PARA LER E GUARDAR NO CORAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
*Assista o vídeo!*
O colunista Sydney (EUA) acompanhava um amigo à banca de jornal.
O amigo cumprimentou o jornalismo amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.
Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydy sorriu atenciosamente e desejou o jornaleiro um bom final de semana.
Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:
_ Ele sempre te trata com tanta grosseria?
_ Sim, infelizmente é sempre assim.
_ E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
_ Sim, sou.
_ Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
_ Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somosnossos "próprios donos". Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros. Não são os ambientes que nos transformam... somos nós que transformamos os ambientes...
TORNE-SE UM OCEANO
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
O FRIO QUE VEM DE DENTRO
Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.
Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira: era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura.
Então, raciocinou consigo mesmo: "Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.
Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: "Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar".
O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de resentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina.
Seu pensamento era muito prático: "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: "Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha."
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava.
Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido. "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos".
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente apagou.
No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.
Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse:
"O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro".
"O SABOR DO PÃO PARTILHADO NÃO TEM IGUAL" (Saint -exupéry)
A mesa representa o infinito, não tem início nem fim. Quando estamos à mesa, criamos vínculo, fortalecemos as relações, tecemos uma rede indissolúvel que pode atravessar os anos. Por isso, é tão importante sempre recordar que lugar de refeição é à mesa, não a frente de T.V ou computadores.
Mesa é lugar de aconchego, de perdão, de partilha. Tem um "gosto gostoso" de irmandade. Nossas refeições não podem atender a um único objetivo que é o de saciar a fome biológica, mas deve comunicar vida.
É por isso, que:
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Fazemos brindes ao beber;
- Temos pratos especiais para certas épocas do ano;
- Não fazemos festa sem comida;
- Guardamos na lembrança comidas que têm gosto de infância;
- Cada cultura se expressa na refeição.
As religiões também reconhecem na refeição um valor que ultrapassa a necessidade de nutrir o corpo. Muitas delas têm preceitos referentes à comida ou usam certos alimentos com significado no ritual.
Alguns exemplos:
- Várias religiões antigas ofereciam alimentos aos deuses e aos mortos.
- Religiões afro-brasileiras têm comidas específicas relacionadas a seus orixás.
- Judeus e mulçumanos consideram proibidos certos alimentos.
- Há hindus que não comem carne, com sinal de respeito à vida.
- Jejum faz parte da prática de cultivo da espiritualidade em muitas religiões.